sábado, 22 de agosto de 2009

Notícias da ciência

Um novo tratamento para a esclerose múltipla? 1

Cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA, mostraram que o lisinopril, um fármaco correntemente utilizado para combater a hipertensão arterial, é um potente indutor de células T autorreguladoras (células do sistema imune capazes de o manter sob controlo) e foi capaz de reverter algumas manifestações clínicas apresentadas por um modelo de esclerose múltipla no ratinho. Claro que é preciso estudar muito mais até saber se o lisinopril também é eficaz na doença humana, principalmente porque o modelo de doença no ratinho tem bastantes diferenças em relação à esclerose múltipla. Ainda assim, o trabalho é promissor e permite novas linhas de investigação, nomeadamente quanto ao papel do sistema renina-angiotensina na génese da doença humana.
O trabalho foi publicado online em 19/8/2009 na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences". Podem consultar o resumo (em inglês) aqui .

Um novo tratamento para a esclerose múltipla? 2

Um novo tratamento para doenças auto-imunes foi testado com sucesso num modelo de ratinho de esclerose múltipla, conseguindo reverter quase todos os sintomas dos animais. O tratamento, desenvolvido por cientistas da Universidade de McGill, no Canadá, consiste em retirar células imunitárias do sangue do próprio sujeito, tratá-las em laboratório com uma proteína sintética chamada GIFT-15 (formada pela fusão de 2 proteínas naturais: o GM-CSF e a IL-15) capaz de as transformar em células reguladoras, e voltar a injectá-las de modo a controlar o ataque auto-imune.
Mais uma vez ainda não será breve que este tratamento será utilizado em humanos, não só porque o modelo de doença no ratinho tem bastantes diferenças em relação à esclerose múltipla, mas também porque é preciso primeiro estudar muito bem questões como a segurança e os efeitos laterais desta nova molécula e os potenciais perigos destas novas células.
Contudo, é mais uma esperança para estes doentes.
O artigo foi publicado na edição online da revista Nature Medicine no dia 9 de Agosto e o resumo (em inglês) pode ser consultado aqui.

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