Nas doenças neuroimunológicas os corticóides usam-se como imunossupressores, ou seja para suprimir (parar) a actividade do sistema imune, que nestas doenças está descontrolado e ataca o sistema nervoso (ver neuroimunologia). A metiprednisolona é utilizada, por administração endovenosa (na veia), em altas doses (1gr/dia) e por períodos de tempo curtos (3 a 5 dias), para tratar episódios agudos (surtos) em doenças como o neuroBehçet, a Esclerose Múltipla, a neuroSarcoidose ou o neuroLupus. Para tratamento prolongado, de modo a evitar recaídas da doença, utiliza-se, em doses muito mais baixas e por via oral, a metilprednisolona ou a prednisolona. De notar que este tratamento prolongado não está indicado, por exemplo, na esclerose múltipla.
Apesar de serem muito específicos, nenhum dos corticóides utilizados é isento das outras acções, que se manifestam, sobretudo em uso prolongado e em altas doses, como efeitos indesejados (ou secundários). Entre estes contam-se o aumento de peso e a deposição de gordura no tronco, pescoço e face, o aumento dos níveis de açucar no sangue, a erosão da mucosa do estômago, a osteoporose, o enfraquecimento do cabelo e da pele e até algumas alterações cognitivas.
Ainda assim o balanço a favor dos corticóides, dada a sua eficácia e rapidez de acção, é positivo, desde que utilizados nas indicações aprovadas, nas doses mínimas eficazes, pelo menor período de tempo possível e acompanhados das medidas preventivas adequadas.
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