sábado, 6 de fevereiro de 2010

Risco da terapêutica com natalizumab (Tysabri) parece aumentar com a duração do tratamento

Dos tratamentos aprovados para a esclerose múltipla, o natalizumab é o mais recente, provavelmente o mais eficaz e seguramente o mais cómodo, sendo administrado em apenas uma injecção endovenosa de 4 em 4 semanas. Já em uso na generalidade dos centros de tratamento em Portugal, a sua utilização está limitada apenas a casos que não toleram ou não respondem aos outros tratamentos disponíveis, não só pelo seu custo, mas também pelo seu risco. De facto, doentes tratados com natalizumab têm um risco acrescido de desenvolver um infecção do cérebro chamada PML, que obriga à suspensão imediata do medicamento e pode ter consequências graves. Resultados dos ensaios clínicos e da utilização em doentes mostravam que aproximadamente 0,5 a 1 em cada mil doentes poderia desenvolver PML, mas não se sabia se este risco aumentava com a utilização repetida do medicamento. Uma nova análise dos 31 casos detectados em doentes a usar natalizumab, até final de Janeiro de 2010, efectuada pelo organismo dos medicamentos dos EUA (FDA) e disponível aqui, mostra que o risco de PML aumenta com a utilização repetida, atingindo quase 2 casos por cada 1000 doentes tratados com mais de 24 tomas. De notar que não há registo, fora dos ensaios clínicos, de nenhum caso em doentes tratados com menos de 12 tomas.

1 comentário: